Coreia do Sul agiliza identificação das vítimas do acidente com Boeing 737-800 da Jeju Air

alt jul, 22 2025

Acidente com Boeing da Jeju Air mobiliza Coreia do Sul

O último fim de ano na Coreia do Sul foi marcado por uma tragédia que abalou o país e chocou famílias de vítimas em todo o mundo. Um acidente aéreo com um Boeing 737-800 da Jeju Air, que tinha decolado de Bangkok, terminou em desastre no Aeroporto Internacional de Muan, deixando 179 mortos entre passageiros e tripulantes.

Os primeiros relatos indicaram que a aeronave caiu ao tentar aterrissar em condições ainda não totalmente esclarecidas. Apenas duas pessoas sobreviveram, e elas seguem em recuperação sob observação médica. O saldo de vítimas fez desse evento um dos episódios mais letais da história da aviação comercial coreana.

Intensa mobilização para identificação e segurança

Intensa mobilização para identificação e segurança

Diante da dimensão do acidente, a pressão sobre as autoridades cresceu rápido. No mesmo dia, 30 de dezembro, equipes forenses correram contra o tempo para dar respostas às famílias. Usando impressões digitais e análise de DNA, conseguiram identificar inicialmente 141 vítimas, enquanto 38 permaneciam sem identificação.

A comoção levou o presidente em exercício, Choi Sang-mok, a ordenar uma reação imediata. Ele lançou uma varredura emergencial em toda a frota nacional, com inspeções detalhadas em todos os 101 Boeing 737-800 operados por seis empresas low cost – só a Jeju Air tem 39 desses aviões.

Mesmo assim, a companhia Jeju Air optou por não paralisar seus voos feitos com o modelo, mas declarou que faria verificações rigorosas em cada aeronave durante as inspeções, numa tentativa de conter o temor de passageiros e de mostrar responsabilidade diante da tragédia.

Ao mesmo tempo, o Ministério dos Transportes confirmou a recuperação das caixas pretas – gravadores de voo fundamentais para entender o que levou ao acidente. Uma equipe técnica foi reunida para analisar os dados e buscar uma explicação mais precisa sobre o que de fato aconteceu nos momentos finais do voo.

Depois de 48 horas intensas, o esforço dos peritos e da equipe de identificação finalmente resultou: no dia 1º de janeiro de 2025, todos os corpos das vítimas já tinham sido identificados. As famílias puderam iniciar os rituais de despedida, ainda convivendo com inúmeras perguntas sobre as causas do acidente e sobre a real segurança dos voos regionais no país.

A tragédia lança luz também sobre as condições dos aviões utilizados pelas companhias de baixo custo, bastante populares na Ásia. Pela primeira vez desde a pandemia, a política de segurança dos voos domésticos e internacionais operados por empresas coreanas ganha atenção total – tanto dos reguladores quanto do público, que espera respostas rápidas e mudanças práticas.