Tribunal Brasileiro Prorroga Prisão de Mulher Acusada de Envenenar Parentes com Bolo Tóxico

alt fev, 1 2025

Prorrogação da Prisão de Deise Moura dos Anjos

No intrigante e preocupante caso que abalou Torres, no Rio Grande do Sul, a prorrogação da prisão temporária de Deise Moura dos Anjos acende mais um capítulo na jornada judicial. Deise foi acusada de envenenar familiares com um bolo supostamente impregnado de arsênico, resultando em mortes trágicas e uma investigação meticulosa apelidada de Operação Acqua Toffana. Este nome, uma referência histórica a uma famosa assassina italiana conhecida por suas poções venenosas, sugere a gravidade e a complexidade do caso atual.

Em 31 de janeiro de 2025, o tribunal deferiu a extensão da detenção de Deise, atendendo ao pedido do delegado responsável pela investigação. As razões evocadas pelo tribunal incluem a necessidade de mais tempo para explorar e completar as investigações, dados os muitos níveis de engano e manipulação emocional revelados durante o inquérito.

Os Detalhes do Processo

Deise Moura dos Anjos permanece sob custódia desde 5 de janeiro de 2025. As acusações que pairam sobre ela são as de homicídio triplo e tentativa de homicídio triplo. As mortes associadas ao consumo do fatídico bolo ocorreram durante uma reunião de família em 23 de dezembro de 2024, quando três mulheres - Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice da Silva e Tatiana Denize - perderam suas vidas após ingerir o bolo.

Além disso, Zeli dos Anjos, que a polícia afirma ter sido o principal alvo de Deise, e um menino de 10 anos, Matheus, sobreviveram ao incidente, mas ficaram hospitalizados. Os motivos alegados que teriam levado Deise a executar tal ato chocante incluem disputas familiares triviais, ciúmes e ressentimentos.

Essa não foi a primeira vez que o fingerprint do veneno foi associado a Deise. Em setembro de 2024, seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, também foi vítima de um envenenamento por arsênico, desta vez disfarçado em leite em pó. As autoridades policiais acreditam que Deise usou métodos similares em outras ocasiões e estão atualmente investigando se a morte do seu próprio pai, José Lori da Silveira Moura, em 2020, também poderia estar ligada a um envenenamento gradual por arsênico.

Métodos de Investigação e Defesa

Métodos de Investigação e Defesa

A polícia afirma ter encontrado evidências substanciais contra ela, como registros de compras de arsênico e pesquisas detalhadas feitas por Deise na internet sobre o produto. Estes detalhes salientam uma preparação meticulosa e fria para a execução dos crimes. Deise foi acusada não apenas pelo ato em si, mas também por sua tentativa calculada de destruir evidências e manipular emocionalmente aqueles ao seu redor para encobrir suas ações.

Apesar do acúmulo de evidências contra Deise, a defesa planeja contratar um especialista independente para revisar os achados da investigação. Eles buscam provar que as provas podem ter sido interpretadas de maneira incorreta ou insuficiente para vincular Deise diretamente aos crimes cometidos.

O Avanço da 'Operação Acqua Toffana'

Com indícios de que outros incidentes podem estar conectados à mente meticulosa de Deise, a investigação se expande cada vez mais, exigindo uma profundidade de análise que a justiça brasileira ainda está trabalhando para alcançar. Esta extensão da prisão temporária sugere que há mais a ser descoberto e que as autoridades necessitam de tempo adicional para desvelar completamente a magnitude dos atos de Deise Moura dos Anjos.

Este caso ressalta não apenas a fragilidade dos laços humanos em face de segredos sombrios e intenções ocultas, mas também testa os limites e capacidades das investigações criminais ao lidar com casos de envenenamento tão complexos e em camadas. A justiça está agora em pleno curso para assegurar que as famílias afetadas recebam as respostas e a justiça que tanto merecem.

11 Comentários

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    Janaina Jana

    fevereiro 2, 2025 AT 16:48
    As pessoas fazem coisas terríveis por ciúmes. Não é novidade, só é triste ver em escala tão grande.
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    Lucas Lima

    fevereiro 2, 2025 AT 20:01
    Este caso representa uma confluência complexa de fatores psicossociais, criminológicos e forenses que desafiam a epistemologia da justiça penal contemporânea. A operação Acqua Toffana, por sua natureza multifatorial, exige uma abordagem interdisciplinar que integre toxicologia, psiquiatria forense e análise de redes familiares, uma vez que os padrões de comportamento desviado parecem se manifestar em ciclos transgeracionais de manipulação emocional e controle simbólico através de substâncias tóxicas, o que implica uma reconfiguração dos paradigmas de prova e responsabilidade penal no contexto brasileiro.
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    Dailane Carvalho

    fevereiro 4, 2025 AT 05:31
    Essa mulher é um monstro. Não há explicação que justifique matar família por briga de bolo. Ela deveria estar na prisão perpétua, não só temporária. O sistema está sendo mole.
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    Cláudia Pessoa

    fevereiro 4, 2025 AT 22:12
    Acho que o arsênico foi encontrado no bolo mas ninguém provou que ela comprou direto ela só pesquisou na internet e isso não é prova
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    Adelson Freire Silva

    fevereiro 5, 2025 AT 16:51
    Então ela fez um bolo e virou uma versão brasileira da Toffana? 😏 Pelo visto o pão de queijo tá perdendo espaço pro veneno na família. Se o sogro morreu de leite em pó... será que o café da manhã virou um ritual de sacrifício? 🤔
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    Lidiane Silva

    fevereiro 7, 2025 AT 09:50
    Meu coração dói tanto com esse caso... três mulheres perdidas, uma família destruída... e tudo por ciúmes e mágoas que poderiam ter sido curadas com um abraço, uma conversa, um pouco de amor... Por que o ódio sempre vence? 🫂💔
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    Joseph Mulhern

    fevereiro 8, 2025 AT 10:36
    Acho que a investigação tá muito focada nela mas e se tiver mais alguém envolvido? E se for uma rede? E se o pai dela realmente morreu de doença e só coincidiu com o arsênico? A ciência não é perfeita e a justiça tá correndo atrás de um bode expiatório
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    Michelly Farias

    fevereiro 9, 2025 AT 13:41
    Isso tudo é uma farsa do governo pra esconder que o sistema de saúde tá falindo e eles querem desviar a atenção. O arsênico veio da água da cidade. Eles estão usando essa mulher como chamariz pra enganar o povo.
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    Henrique Sampaio

    fevereiro 9, 2025 AT 21:43
    É triste ver como conflitos familiares podem se transformar em tragédias tão profundas. Talvez o que precisamos não seja só punição, mas também programas de mediação e apoio psicológico antes que essas coisas cheguem a esse ponto.
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    Bruno Leandro de Macedo

    fevereiro 11, 2025 AT 02:44
    Bolo venenoso? 🧁💀 Tá mais pra episódio de Black Mirror do que da Globo. Se ela queria sumir com a família, podia ter feito um TikTok viral e deixado o algoritmo fazer o serviço. Menos trabalho, mais likes.
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    Janaina Jana

    fevereiro 12, 2025 AT 22:38
    A gente nunca sabe o que esconde por trás de um sorriso. Acho que é isso que mais assusta.

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