Na quarta-feira, 15 de outubro de 2025, Buenos Aires se tornará o epicentro do futebol feminino sul-americano com duas semifinais da Libertadores Feminina 2025Estádio Florencio Sola que prometem história. Pela primeira vez desde 2023, duas equipes brasileiras se enfrentam nesta fase — e pela quarta vez na história da competição —, garantindo que o Brasil terá um representante na final pela 16ª vez em 17 edições desde 2009. O Corinthians encara a Ferroviária às 20h (horário local), num clássico interno que já tem sabor de decisão. O outro jogo, entre o Colo-Colo (Chile) e o Deportivo Cali (Colômbia), traz uma nuance interessante: a técnica brasileira Tatiele Silveira, que comanda o time chileno, busca levar seu time à final contra sua própria terra.
Brasil domina a competição — e a história
Desde que a Libertadores Feminina foi criada em 2009, o Brasil nunca ficou de fora da final. A única exceção foi em 2016, quando o São José perdeu para o Independiente Santa Fe na decisão. Desde então, o país garantiu 16 das 17 vagas finais — um domínio que não tem paralelo no futebol sul-americano. Isso não é acaso: a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é a mais bem posicionada no ranking da CONMEBOL, o que garante três vagas diretas para clubes brasileiros. Em 2025, três times começaram o torneio: Corinthians, Ferroviária e São Paulo. O São Paulo foi eliminado no domingo, 13 de outubro, por 2 a 0 pelo Deportivo Cali, com gols de Marquínez e Paola García, no mesmo estádio onde agora se decidirá o campeão.Corinthians e Ferroviária: caminhos distintos, mesma meta
O Corinthians, pentacampeão da competição, chegou às semifinais com uma atuação espetacular: 4 a 0 sobre o Boca Juniors, no sábado, 11 de outubro. A atacante Gabi Zanotti fez o segundo hat-trick da edição, e Letícia Monteiro deu o toque final com assistência para Johnson. É a sexta semifinal do clube — e em cinco delas, o time avançou, incluindo a vitória por 4 a 3 nos pênaltis contra o Internacional em 2023. Já a Ferroviária, conhecida como Guerreiras Grenás, chegou com um jogo mais sólido, mas igualmente eficaz: 3 a 0 sobre o Independiente Dragonas, com gols de Raquel, Natalia Vendito e Andressa. É a quinta semifinal da equipe de Araraquara-SP, e em três delas, ela avançou, incluindo a memorável vitória por 7 a 6 nos pênaltis contra a Universidad de Chile em 2020.Colo-Colo e Deportivo Cali: o desafio sul-americano
Enquanto o Brasil se enfrenta, o resto da América Latina tenta romper o monopólio. O Colo-Colo superou o Libertad por 1 a 0 no domingo, 12 de outubro, com gol de Valencia. O time chileno, comandado por Tatiele Silveira — ex-assistente da seleção brasileira feminina —, é o primeiro time fora do Brasil a chegar à semifinal da Libertadores com uma treinadora brasileira. Já o Deportivo Cali, que eliminou o São Paulo, vem de uma campanha consistente e tem como estrela a atacante Marquínez, que marcou nos dois jogos decisivos contra o São Paulo. O time colombiano busca sua primeira final na competição — e, se conseguir, será a primeira vez que um clube da Colômbia disputa a decisão da Libertadores Feminina.
Regras e transmissão: tudo o que você precisa saber
A CONMEBOL adotou uma mudança radical nesta edição: sem prorrogação. Se o jogo terminar em empate, direto para os pênaltis. Isso aumenta a pressão, especialmente em duelos como Corinthians x Ferroviária, onde o equilíbrio é esperado. As partidas serão transmitidas ao vivo pelo SporTV, XSports, CazéTV e pelo canal Meu Timão no YouTube. O ge também oferece acompanhamento em tempo real. Tudo isso em um cenário único: o Estádio Florencio Sola, em Morón, Buenos Aires, que recebeu todas as partidas da fase final entre 2 e 18 de outubro.Por que isso importa?
Este confronto brasileiro não é só um jogo. É a confirmação de que o futebol feminino no Brasil não é mais uma novidade — é uma estrutura. O Corinthians e a Ferroviária são clubes que investem em estrutura, infraestrutura e profissionalização. Enquanto outras federações lutam para manter times competitivos, aqui temos duas equipes que já viveram a pressão de uma final continental. O fato de o Brasil ter um representante na final desde 2009 — exceto em 2016 — não é sorte. É resultado de planejamento, apoio institucional e, acima de tudo, cultura. E agora, com o jogo entre as duas maiores potências nacionais, o país pode ter um novo campeão — ou confirmar seu reinado com um novo título.
Quem pode ser o campeão?
Se o Corinthians vencer, será seu sexto título — e o primeiro desde 2023. Será a equipe mais vitoriosa da história da competição, superando o próprio São José. Se a Ferroviária vencer, será sua primeira conquista — e uma revanche histórica: em 2015, perdeu para o São José na final, e desde então, não voltou a chegar à decisão. O que está em jogo? Não é só o troféu. É a legitimidade do futebol feminino brasileiro como referência continental.Frequently Asked Questions
Por que o Brasil tem tantas vagas na Libertadores Feminina?
O Brasil ocupa a primeira posição no ranking histórico da CONMEBOL, baseado em desempenho nas últimas edições da competição. Isso garante três vagas diretas para clubes brasileiros, enquanto países como Chile e Colômbia têm apenas uma. Essa vantagem reflete o domínio histórico do futebol feminino nacional, que já conquistou 16 das 17 finais desde 2009.
Qual é a importância da técnica Tatiele Silveira no Colo-Colo?
Tatiele Silveira é a primeira treinadora brasileira a chegar à semifinal da Libertadores Feminina com um time estrangeiro. Ex-assistente da seleção feminina, ela trouxe metodologias brasileiras de preparação física e tática ao Colo-Colo, transformando o time em um dos mais organizados da competição. Seu sucesso desafia o modelo tradicional de treinadores estrangeiros em clubes sul-americanos.
Por que a CONMEBOL eliminou a prorrogação nas semifinais?
A decisão foi tomada para reduzir o risco de lesões e garantir que as equipes cheguem à final com mais energia, já que a decisão ocorre apenas três dias após as semifinais. A ideia é priorizar a qualidade do jogo e a segurança das atletas — uma mudança que já foi bem recebida por técnicos e jogadoras, que consideram o futebol feminino mais dinâmico sem prorrogação.
O Corinthians pode se tornar o maior vencedor da competição?
Sim. Com cinco títulos já conquistados (2017, 2018, 2021, 2022, 2023), o Corinthians está a um título de igualar o São José, que tem seis. Se vencer em 2025, será o primeiro clube a alcançar seis títulos na história da Libertadores Feminina — e, provavelmente, o mais dominante da era moderna do futebol feminino sul-americano.
Francini Rodríguez Hernández
novembro 1, 2025 AT 01:23corinthians x ferroviária?! que duelo doido, mano!! o brasil já garantiu a final de novo, e ainda por cima é entre duas brasileiras!! isso aqui é história viva, gente!!
Manuel Silva
novembro 2, 2025 AT 06:50o brasil é o único país que faz futebol feminino com estrutura de verdade. os outros ainda tá brincando de time de bairro. parabéns cfb, cbf e todas as meninas que jogam de coração.
Gustavo Junior
novembro 2, 2025 AT 18:29Se o Corinthians vencer, será o sexto título... e daí? O que isso muda na vida de alguém? O futebol feminino não é 'mais importante' porque o Brasil ganha sempre. Isso só mostra que o resto da América Latina tá perdendo tempo. E ainda tem gente que acha que é 'cultura'... é só dinheiro, e ponto.
Henrique Seganfredo
novembro 2, 2025 AT 18:49Colo-Colo com treinadora brasileira? Que absurdo. A CONMEBOL deveria proibir isso. Isso não é 'transferência de conhecimento', é colonização tática. O Chile não precisa de brasileira pra ser competitivo. Só precisa de chilenas.
Marcus Souza
novembro 4, 2025 AT 03:04olha só, a gente tá vivendo um momento histórico. Duas equipes brasileiras na semifinal, e uma treinadora brasileira no outro jogo... isso aqui é mais que futebol. É prova de que o investimento em base, em feminino, em profissionalização... tá dando resultado. Não é sorte. É trabalho. E isso é lindo.
Leandro Moreira
novembro 5, 2025 AT 04:3716 finais em 17 edições? Isso é monopólio, não domínio. O futebol feminino sul-americano tá doente. O Brasil não é melhor, só tem mais grana. E os outros países? Tá tudo errado. Ninguém merece essa desigualdade.
Geovana M.
novembro 7, 2025 AT 03:17o Corinthians tá na final de novo? Que previsível. A Ferroviária tá aqui por acaso, e o São Paulo foi eliminado por causa de um erro bobo. Tudo igual sempre. Quem quer ver algo novo? Ninguém. Só querem ver o Corinthians ganhar de novo.
Naira Guerra
novembro 7, 2025 AT 14:54Se a CONMEBOL eliminou a prorrogação, é porque sabe que o futebol feminino não precisa de jogos de 120 minutos. As meninas já dão tudo de si em 90. E isso é respeito. Não é 'fácil'. É inteligente.
Carlos Gomes
novembro 9, 2025 AT 09:00Quem disse que o São Paulo foi eliminado por 'erro bobo'? O Deportivo Cali jogou como um time organizado, com pressão alta e transições rápidas. Marquínez é uma atacante de alto nível. O São Paulo não estava preparado para isso. Não é falta de grana, é falta de adaptação tática.
MAYARA GERMANA
novembro 10, 2025 AT 02:52ahhh sim, claro, o Brasil é o único país que investe... enquanto o resto do mundo vive na pobreza, né? E aí, o que a Ferroviária faz? Ela tem um estádio de grama natural, treinador de tempo integral, e 3 médicas dedicadas... enquanto o Colo-Colo tem um técnico que vive no Chile e um elenco que trabalha de meio período... mas claro, o Brasil é o único que merece estar aqui. Que lindo, né? 😒
Flávia Leão
novembro 10, 2025 AT 12:52o futebol feminino é um espelho da sociedade: quem tem dinheiro, vence. O Corinthians não é melhor, só tem mais patrocínio. A Ferroviária é a alma do futebol feminino - mas o sistema não permite que ela vença. É triste, mas é real.
Cristiane L
novembro 11, 2025 AT 09:24alguém sabe se a transmissão do Meu Timão no YouTube é gratuita? Eu tô tentando assistir e não acho o link direto. Queria ver o jogo com os amigos, mas não quero pagar por um app que nem todos têm.
Andre Luiz Oliveira Silva
novembro 12, 2025 AT 05:22o futebol feminino tá virando um show de poder, e não de paixão. O Corinthians é o Real Madrid do feminino, e a Ferroviária é o Barcelona... mas ninguém lembra que o futebol começou com meninas jogando na rua, sem uniforme, sem estrutura. Será que a gente tá esquecendo o que importa?