Quando Luis Zubeldía, técnico argentino recém‑chegado ao Fluminense, recebeu a pauta para a 13ª rodada do Brasileirão, ele não hesitou: decidiu manter John Kennedy como titular, mesmo com o experiente Germán Cano à disposição. O confronto está marcado para quarta‑feira, 8 de outubro de 2025, às 21h (horário de Brasília), no Estádio José Maria de Campos Maia – o Maião – em Mirassol, interior de São Paulo.
Contexto da partida e posição na tabela
O duelo é, de fato, inédito: nunca antes Fluminense e Mirassol se enfrentaram em uma partida oficial. Na última atualização da tabela, o Fluminense ocupa a sétima colocação com 38 pontos, a cinco pontos de distância do sexto, Mirassol, que soma 43. Uma vitória traria o Tricolor carioca para 41 pontos, reduzindo a margem para apenas dois, um salto que pode abrir uma brecha no chamado G‑6.
Para o Mirassol, a partida tem um sabor agridoce. A equipe vem de três jogos sem vitória – derrota para o Atlético‑MG, empate com o Bragantino e goleada por 3 a 0 sofrida das mãos do Corinthians – e precisa somar mais pontos para alcançar a meta de 45, que garantiria um lugar confortável entre os primeiros oito.
Decisões de escalação de Luis Zubeldía
Zubeldía optou por colocar Keno no meio‑campo, substituindo Kevin Serna, que está com a seleção colombiana e cumprindo suspensão no clube. A escolha de Keno, de 22 anos, sinaliza a confiança do técnico em jovens que podem suprir a carga de trabalho dos titulares mais experientes.
Outro detalhe que surpreendeu os torcedores foi a ausência do atacante argentino Germán Cano. Mesmo livre de lesão após ter sido poupado contra o Atlético‑MG por dores na panturrilha esquerda, ele ficou no banco em favor de Kennedy, que tem sido a principal arma ofensiva do Tricolor nas últimas partidas.
A escalação confirmada, segundo o jornal O Tempo, é a seguinte: Fábio; Samuel Xavier, Thiago Silva, Freytes e Renê; Martinelli, Hércules e Lucho Acosta; Keno, Canobbio e John Kennedy. A postura de Zubeldía reflete a filosofia do argentino: disciplina tática, pressão alta e confiança nos jogadores que já demonstraram regularidade.
Desafios de Rafael Guanaes e a situação do Mirassol
Do outro lado, o técnico Rafael Guanaes tem duas ausências decisivas: Lucas Ramon e José Aldo foram expulsos com terceiro cartão amarelo contra o Corinthians. Daniel Borges entra para substituir Ramon, mas o lateral já lidava com entorse no tornozelo, o que diminui ainda mais as opções.
No ataque, a escolha ainda é incerta. Enquanto Chico da Costa deve iniciar, nomes como Guilherme ou Negueba são citados como possíveis alternativas.
O guarda‑redes Walter, de 38 anos, e o experiente lateral Reinaldo, artilheiro com nove gols, dão ao Mirassol um toque de veteranismo que pode ser decisivo em um jogo tão equilibrado.
Impacto no G‑6 e nas pretensões internacionais
Se o Fluminense vencer, a corrida ao G‑6 se intensifica. O Tricolor passaria a tocar a região dos sete primeiros, o que, historicamente, abre portas para a Libertadores da próxima temporada. O clube tem investido pesado em reforços – como o argentino Cano e o uruguaio Canobbio – e a vitória seria a justificativa mais clara de que o investimento está rendendo frutos.
Para o Mirassol, o ponto máximo agora é garantir que a sequência de três jogos sem vitória não se torne uma maratona negativa. Cada ponto conta para o objetivo de 45 pontos, que, além de garantir participação em competições continentais menores, assegura melhor distribuição de receitas de TV.
O árbitro da partida será Rodrigo Jose Pereira de Lima, de Pernambuco, com assistentes Nailton Junior de Sousa Oliveira (Ceará) e Francisco Chaves Bezerra Junior (Ceará). O VAR será comandado por Caio Max Augusto Vieira, de Goiás. A presença de um árbitro experiente pode aquecer ainda mais o clima de decisão.
Próximos passos e desdobramentos
Com a transmissão ao vivo pelo canal Premiere e cobertura em tempo real pelo ge, a partida terá grande visibilidade nacional. Os resultados virão não apenas nos pontos da tabela, mas como termômetro da nova fase de Zubeldía à frente do Fluminense. Caso o técnico mantenha a estratégia de priorizar a consistência tática sobre a presença de grandes nomes que ainda não se provaram, o clube pode consolidar um estilo de jogo mais definido para o restante da temporada.
Para o Mirassol, a resposta será a capacidade de lidar com as ausências e ainda assim produzir gol – o time já tem 42 gols marcados em 26 jogos, mas a eficiência frente a grandes equipes ainda precisa provar-se. Os próximos confrontos contra Palmeiras e Goiás serão decisivos para definir se o clube seguirá firme no G‑6 ou se perderá o fôlego.
- Data e horário: 08/10/2025, 21h (horário de Brasília)
- Local: Estádio José Maria de Campos Maia (Maião), Mirassol – SP
- Arbitragem: Rodrigo Jose Pereira de Lima (PE) e equipe de assistentes
- Fluminense: 38 pontos (7ª), Mirassol: 43 pontos (6ª)
- Decisão-chave: Zubeldía mantém John Kennedy e escala Keno
Perguntas Frequentes
Como a escolha de John Kennedy pode influenciar o ataque do Fluminense?
Kennedy tem sido titular nos últimos três jogos de Zubeldía, contribuindo com duas assistências e um gol. Sua presença garante ritmo e movimentação na frente, permitindo que Cano, quando entrar, tenha mais apoio e menos pressão defensiva.
Quais são as principais ausências do Mirassol e como elas afetam a equipe?
Lucas Ramon e José Aldo foram expulsos, reduzindo opções no meio‑campo e na defesa. A perda de Ramon, que acumulava 3 cartões amarelos, deixa o time vulnerável nos contra‑ataques, enquanto a ausência de Aldo diminui a capacidade de cruzamentos precisos.
O que está em jogo para o Fluminense em termos de classificação internacional?
Uma vitória colocaria o Fluminense a menos de dois pontos do Mirassol, abrindo a porta para o tão desejado G‑6. Isso aumentaria as chances de garantir vaga direta na Libertadores, competição que garante maior receita e visibilidade.
Qual a importância do VAR e da arbitragem nesta partida?
Com duas equipes lutando por pontos cruciais, decisões corretas são decisivas. O VAR, comandado por Caio Max Augusto Vieira, será fundamental para evitar erros que possam mudar o resultado, especialmente em lances de impedimento e pênaltis.
Como a sequência de resultados recentes do Mirassol pode influenciar o psicológico dos jogadores?
A maratona de três jogos sem vitória pode gerar dúvidas, mas também pode servir de motivação para quebrar o jejum. O técnico Rafael Guanaes tem tentado reforçar a confiança, lembrando que o time ainda tem 42 gols marcados e pode contar com a experiência de Walter e Reinaldo.
Raif Arantes
outubro 9, 2025 AT 02:27O Zubeldía pintou o quadro como se fosse um thriller de Hollywood, mas na real ele está só focado em preservar a fachada de estabilidade. Manter Kennedy parece uma jogada de ego, como se o técnico estivesse defendendo um mito. Enquanto isso, os torcedores são jogados no meio de um script de drama que não tem fim. Todo mundo acha que é estratégia, mas pode ser puro display de poder.
Jéssica Farias NUNES
outubro 17, 2025 AT 04:51Ah, que delicadeza, o Fluminense ainda se acha a elite do futebol brasileiro, como se montar um time fosse uma obra de arte moderna. A decisão de manter Kennedy é quase poética, num palco onde o realismo não tem vez. Enquanto isso, a lógica do jogo se perde em discursos inflados. Só falta a plateia aplaudir de pé essa genialidade.
Elis Coelho
outubro 25, 2025 AT 07:15Zubeldía optou por confiar em jovens como Keno pois acredita que isso traz dinamismo ao centroavante ele também deixou Cano no banco para testar diferentes combinações táticas a decisão reflete uma estratégia de longo prazo
Camila Alcantara
novembro 2, 2025 AT 09:39É frustrante ver um técnico estrangeiro tentando impor sua filosofia e ignorar o talento nacional, especialmente quando temos jogadores como Kennedy que carregam a garra da nossa torcida. O Fluminense deveria dar mais espaço para quem entende a luta do nosso futebol, não ficar se virando nos 30 pelos gringos. Vamos apoiar o que é nosso, porque o Brasil tem tradição de fazer bonito sem precisar de pirotecnia externa.
Lucas Lima
novembro 10, 2025 AT 12:03Olá, pessoal, vamos tentar colocar tudo em perspectiva antes que a empolgação pegue demais. Primeiro, a escolha de Zubeldía de escalar John Kennedy traz a consistência que o Tricolor tem buscado nas últimas rodadas. Kennedy tem sido um ponto de referência no ataque, contribuindo não só com gols, mas também com movimentação que abre espaços para os companheiros. Ao lado dele, a presença de Keno no meio‑campo adiciona energia jovem e vontade de se provar, algo que pode ser crucial contra um Mirassol bem organizado. É importante lembrar que o Mirassol tem uma defesa compacta, com Reinaldo e Walter oferecendo experiência que pode complicar a criação de chances. Contudo, o Fluminense conta com opções de velocidade nas alas, como Martinelli e Lucho Acosta, que podem explorar os flancos e gerar cruzamentos perigosos. A ausência de Germán Cano no início do jogo pode ser vista como uma oportunidade para outros atacantes demonstrarem valor, sem a pressão de um nome pesado. Se Cano entrar depois, ele virá aquecido e poderá ser uma ameaça ainda maior, surpreendendo o adversário que já terá ajustado sua marcação. Do ponto de vista tático, a pressão alta que Zubeldía costuma impor pode forçar erros do Mirassol, principalmente nos momentos de bola parada. A arbitragem experiente, com VAR bem preparado, também reduz a margem para decisões controversas que poderiam mudar o rumo da partida. No contexto da tabela, três pontos podem colocar o Fluminense dentro do G‑6, o que aumenta as chances de uma vaga na Libertadores. Para os torcedores, isso significa mais emoção e, possivelmente, mais receitas para investir em reforços futuros. Por outro lado, o Mirassol tem tudo a ganhar ao manter a sequência de pontos e garantir uma posição confortável nos oito primeiros. Então, o que vemos aqui é um duelo de estratégias, onde a juventude e a experiência se cruzam em campo. No fim das contas, independentemente do resultado, a partida promete ser um espetáculo que vale a pena acompanhar, então vamos brindar ao futebol brasileiro e torcer por um bom show.