
Assédio sexual aparece em vários ambientes – trabalho, escola, na rua – e pode deixar a gente assustado. Mas entender o que realmente conta como assédio e saber agir faz toda a diferença. Neste texto vamos descomplicar o assunto, dar dicas de prevenção e indicar os caminhos certos para denunciar.
Primeiro, reconheça os sinais. Não se trata só de um comentário fora de hora. Pode ser contato físico indesejado, proposta de favores em troca de benefícios, ou até mensagens repetidas que deixam você incomodado. O ponto chave é a falta de consentimento: se a pessoa não deu autorização clara, é assédio.
É importante também observar o contexto. Se o comportamento acontece de forma recorrente, ou se há uma diferença de poder (chefe, professor, colega mais velho), a situação costuma ser mais grave. Não se engane: um elogio genuíno não precisa de justificativa, mas um toque que você não quer ou uma piada ofensiva ultrapassa o limite.
Prevenir não significa viver com medo, mas criar barreiras simples. No trabalho, conheça a política interna de conduta e registre qualquer situação suspeita. Em escolas, converse com professores ou coordenadores sobre o que é aceitável. Na rua, confie na sua intuição e evite ficar isolado em lugares sem movimentação.
Use a tecnologia a seu favor: aplicativos de segurança podem enviar alertas de emergência para amigos ou familiares. Mantenha mensagens suspeitas salvas, pois elas podem servir como prova se precisar denunciar.
Outra dica prática: compartilhe seus limites com pessoas próximas. Quando quem está ao seu redor entende o que você tolera, eles podem agir como apoio caso algo aconteça.
Se você for testemunha de um caso, não fique em silêncio. Intervir de forma segura ou relatar a situação para as autoridades competentes pode evitar que o agressor continue agindo.
Em caso de abuso, procure ajuda imediatamente. No Brasil, o Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher) funciona 24h e orienta sobre os próximos passos. Você também pode procurar a polícia, o Ministério Público ou a Defensoria Pública.
Para quem prefere apoio psicológico, o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) oferece atendimento gratuito. Terapia ajuda a lidar com o trauma e a retomar o controle da vida.
Lembre‑se: denunciar não é opcional, é um direito. Quando alguém comete assédio, a lei está do seu lado. A Lei nº 13.718/2018 tipifica o crime e prevê punições que variam de multa a prisão.
Se precisar de orientação jurídica, o Conselho da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) tem serviços de assistência gratuita. Eles podem explicar quais documentos você deve levar e como funciona o processo.
Por fim, cuide da sua saúde mental e física. Pratique atividades que te façam bem, como esporte, leitura ou momentos com amigos. Um suporte forte facilita a superação e fortalece a confiança para enfrentar situações difíceis.
Assédio sexual não tem desculpa. Ao entender o que é, aplicar medidas de prevenção e saber onde buscar ajuda, você ajuda a criar ambientes mais seguros para todos. Não hesite: compartilhe este conteúdo e ajude a espalhar informação. Juntos, podemos mudar a realidade.