
Se você já se perguntou por que algumas empresas dão vale‑refeição, plano de saúde ou bônus, a resposta está nos benefícios trabalhistas. Eles são direitos garantidos por lei ou acordos coletivos e ajudam a melhorar a qualidade de vida do trabalhador. Neste artigo você vai entender o que cada benefício significa, como ele é calculado e o que fazer se a empresa não cumprir.
Vale‑refeição ou alimentação: a maioria das empresas paga um valor mensal para que o colaborador possa comprar comida. O valor pode ser fixo ou variar conforme a carga horária. Em alguns casos, ele é isento de imposto de renda, mas isso depende da política da empresa.
Plano de saúde: muitas empresas disponibilizam cobertura médica para o funcionário e, às vezes, para dependentes. O custo pode ser total ou parcial; o que importa é que o benefício deve constar no contrato e ser usado sem burocracia excessiva.
Vale‑transporte: o empregador deve fornecer o auxílio para deslocamento até o trabalho, descontando no máximo 6% do salário. Se a empresa não oferecer, o trabalhador pode reclamar ao sindicato ou ao Ministério do Trabalho.
Férias remuneradas: todo empregado tem direito a 30 dias de descanso depois de 12 meses de trabalho, com acréscimo de 1/3 do salário. Se a empresa não pagar o adicional ou negar o período, o trabalhador tem garantia de receber o valor em dinheiro.
13º salário: equivale a um salário extra pago em duas parcelas, normalmente em novembro e dezembro. O cálculo considera o tempo de serviço no ano e pode ser dividido se o trabalhador mudou de empresa.
Primeiro passo: leia atentamente o contrato e o regulamento interno. Se algo não estiver claro, pergunte ao RH. Em seguida, anote todas as entregas que a empresa faz – recibos, extratos de vale‑refeição, comprovantes de pagamento de plano de saúde – porque eles são prova caso precise acionar a justiça.
Se o benefício está atrasado ou falta, converse diretamente com o responsável. Muitas vezes um e‑mail ou uma conversa informal resolve. Caso não haja resposta, procure o sindicato da sua categoria. Eles têm experiência em negociar com a empresa e podem abrir uma reclamação formal.
Quando a via sindical não funciona, a próxima etapa é registrar uma denúncia no Ministério do Trabalho ou abrir uma reclamação na Justiça do Trabalho. O processo costuma ser rápido se você levar documentos que comprovem o vínculo e o descumprimento.
Lembre‑se de que o prazo para reclamar pode ser de até dois anos depois do término do contrato, mas quanto antes você agir, mais fácil é provar que o benefício foi negado.
Por fim, fique de olho nas alterações da legislação. A cada ano, o governo pode mudar valores de auxílio ou criar novos direitos. Assine newsletters de sites de notícias trabalhistas ou siga perfis confiáveis nas redes sociais para não perder nada.
Com essas dicas, você consegue entender e cobrar os benefícios trabalhistas que são seu direito. Não deixe que a falta de informação atrapalhe sua vida profissional – use o conhecimento a seu favor e garanta um ambiente de trabalho mais justo.