Eliminação na Libertadores acelera turbulência no Boca Juniors
O Boca Juniors, gigante do futebol argentino, tropeçou cedo na Copa Libertadores de 2025. O golpe veio logo em fevereiro, com a derrota frente ao modesto Alianza Lima, resultado que fugiu completamente das expectativas da torcida e da diretoria. Era apenas o início de um roteiro de tensão e incertezas em La Bombonera.
O clube não demorou para sentir o peso desse fracasso. Torcedores se mostraram impacientes, protestando tanto nas arquibancadas quanto nas redes sociais. A pressão interna se intensificou, principalmente em cima do então técnico Fernando Gago, que já tinha sua permanência contestada desde resultados anteriores irregulares no campeonato argentino.
Para piorar a situação, o clássico argentino contra o River Plate terminou em derrota. Perder para o maior rival é uma cicatriz dolorosa para qualquer treinador do Boca, e com Gago não seria diferente. A combinação desses dois fatores – a eliminação precoce na Libertadores e a queda no clássico – foi o estopim que levou o clube a demiti-lo no final de abril de 2025.

Bastidores agitados e futuro incerto
O ambiente dentro do Boca seguia tenso após a saída de Gago. Jogadores e funcionários sentiam o clima pesado de cobrança, além da busca apressada por um novo comandante. Não há nenhum registro ou declaração oficial de que o elenco tenha recebido folga após a eliminação na Libertadores; pelo contrário, o momento exigia trabalho redobrado para tentar estancar o prejuízo e reorganizar o time para as competições restantes do calendário.
O Boca Juniors, acostumado a disputar títulos e pressionado pela exigente torcida, vive agora um desafio de reconstrução. A diretoria trabalha para retomar o controle dos bastidores e definir uma nova comissão técnica que seja capaz de resgatar a confiança do vestiário. Entre especulações de novos nomes para assumir o cargo, a instabilidade deixa clara a urgência de resultados e de um ambiente mais equilibrado.
Nesse clima, a diretoria tenta evitar vazamentos e manter a rotina de treinos, mesmo com alguma insatisfação nos bastidores. Jogadores importantes também foram questionados por suas atuações recentes, e reformulações não estão descartadas. O cenário pós-eliminação na Libertadores e queda para o River deixou marcas profundas no elenco e vai exigir muito diálogo, estratégia e resiliência para que o Boca volte a sonhar alto nas próximas temporadas.