Linha 19 Celeste: Leilões de construção avançam em setembro para ligar São Paulo ao Guarulhos

alt set, 24 2025

Detalhes das licitações e participantes

A Linha 19 Celeste está sendo dividida em três lotes de construção, cada um submetido a um processo de concorrência pública. No lote 2, que compreende cinco estações entre Jardim Julieta e Vila Maria, a empresa Odebrecht apresentou a proposta mais vantajosa, com valor de R$ 6,7 bilhões. Além das estações, o contrato inclui a construção de poços de ventilação, saídas de emergência e o depósito Vila Sabrina, que será erguido no antigo galpão da Sambaíba próximo às rodovias Dutra e Fernão Dias.

Para o lote 1, que cobre 5,7 km de túneis e cinco estações em Guarulhos (Bosque Maia, Guarulhos‑Centro, Vila Augusta, Dutra e Itapegica), a vencedora foi a chinesa Yellow River. A disputa contou com grandes nomes do setor brasileiro – Agis, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Acciona – mas a proposta chinesa se destacou tanto em preço quanto em prazo. A homologação ainda depende da análise técnica dos documentos, processo que pode levar de um a dois meses.

O terceiro lote, anunciado para 24 de setembro, abrange a extensão de Vila Maria até o centro de São Paulo, incluindo seis poços de ventilação e cinco novas estações: Catumbi, Silva Teles, Cerealista, São Bento e Anhangabaú. O edital prevê critérios rigorosos de sustentabilidade e mitigação de impactos ambientais, exigindo que os concorrentes apresentem estudos detalhados de mobilidade e integração urbana.

Impactos e benefícios esperados

Impactos e benefícios esperados

Com 17,6 km de extensão e quinze estações, a Linha 19 Celeste promete transformar a mobilidade regional. Estima‑se que mais de 630 mil usuários utilizem o serviço diariamente, aliviando a pressão sobre rodovias como a Dutra e reduzindo o tempo de deslocamento entre Guarulhos e o centro paulistano em até uma hora.

O traçado passa por bairros densamente povoados e áreas comerciais estratégicas, como a tradicional Feirinha da Madrugada no Pari, o Mercado Municipal e o distrito de comércio atacadista da região. Essa conexão direta ao coração da cidade também deve impulsionar o comércio local, gerar novos empregos e valorizar os imóveis ao longo do corredor.

Um dos grandes diferenciais do projeto é a integração planejada com linhas já operacionais: Linha 1‑Azul, Linha 2‑Verde, Linha 3‑Vermelha e, no futuro, possivelmente a Linha 11‑Coral da CPTM, na estação Cerealista. Essa malha interligada criará rotas de transferência rápidas, possibilitando que passageiros de Guarulhos cheguem a destinos como a Avenida Paulista ou a zona sul sem depender de ônibus ou carros.

Além da função de transporte, a obra está inserida na fase de desapropriação de terrenos, etapa mandatória antes da ruptura das obras civis. As autoridades municipais já iniciaram o processo de negociação com proprietários, buscando minimizar conflitos e garantir a reposição justa dos imóveis afetados.

O avanço dos leilões sinaliza que o cronograma de início das obras pode ser mantido dentro do previsto para 2027, com conclusão parcial estimada para 2032. Caso os prazos sejam cumpridos, a Linha 19 Celeste se tornará um marco de equidade territorial, conectando de forma eficiente um dos maiores aeroportos do país, o Cumbica, ao epicentro financeiro e cultural de São Paulo.

18 Comentários

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    lu garcia

    setembro 26, 2025 AT 04:01
    Isso é um sonho se tornando realidade. Finalmente vamos ter uma ligação direta entre Guarulhos e o centro sem precisar morrer no trânsito da Dutra. 🙌
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    Michelly Farias

    setembro 26, 2025 AT 16:42
    Claro que a chinesa venceu. E agora vamos ver o que acontece quando o metrô começar a desabar em 2035 e ninguém souber consertar porque ninguém entende o que eles fizeram. Essa é a conta que vão nos passar.
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    Henrique Sampaio

    setembro 28, 2025 AT 15:27
    É impressionante como a Odebrecht ainda está no jogo. Depois de tudo que passou, conseguir vencer um lote desses mostra que, mesmo com os escândalos, eles ainda dominam o mercado. Espero que essa nova fase seja mais transparente.
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    Bruno Leandro de Macedo

    setembro 29, 2025 AT 09:49
    A Yellow River venceu? Legal. Agora só falta o governo mandar umas 2000 engenheiras chinesas pra ficar aqui até 2050 ensinando os brasileiros a apertar o botão do elevador. 🤦‍♂️😂
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    Luis Silva

    setembro 30, 2025 AT 07:43
    Se o lote 2 foi dado pra Odebrecht, já tá perdido. Eles não fazem obra, fazem escândalo. E o pior? Vão cobrar R$6,7 bi pra construir um túnel que vai desabar em 10 anos. Onde tá o fiscal?
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    Luciano Hejlesen

    outubro 1, 2025 AT 12:05
    vixi mais uma obra q vai demorar 10 anos e acabar em 2040 com 5 estacoes q nem vao funcionar pq o sistema ta desatualizado e o governo nao paga os manutenores
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    felipe kretzmann

    outubro 2, 2025 AT 14:44
    Nem precisa de metrô. Se os brasileiros não querem andar de carro, que andem de bicicleta. Ou melhor, que fiquem em casa. O país não precisa de mais infraestrutura, precisa de menos gente.
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    Junior Lima

    outubro 2, 2025 AT 23:17
    Aqui em São Paulo a gente já tá acostumado com obra que nunca acaba. Mas dessa vez, se fizerem direito, pode ser o maior legado da geração atual. Se não fizerem, vai virar o novo túnel da Avenida Paulista.
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    Leticia Mbaisa

    outubro 3, 2025 AT 17:07
    A integração com a Linha 11 é crucial. Se não fizerem isso direito, o projeto perde 70% do valor.
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    Adelson Freire Silva

    outubro 4, 2025 AT 14:03
    Aí vem o pessoal do ‘mas o que é que tá faltando?’ e começa a falar de ‘sustentabilidade’ e ‘mitigação’ como se fosse um manual da ONU. Cara, o que importa é o metrô funcionar, não se o banco de areia do túnel tem certificado de carbono zero.
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    Estrela Rosa

    outubro 5, 2025 AT 10:13
    Eles vão construir o depósito Vila Sabrina no lugar do antigo galpão da Sambaíba? Que lugar cheio de história. Agora vai virar um monte de tubos de ventilação. Triste.
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    Talita Resort

    outubro 5, 2025 AT 15:17
    A gente não precisa de mais metrôs, precisa de menos carros. Se as pessoas deixassem de usar carro, a cidade inteira respiraria. Mas claro, é mais fácil falar de túneis do que de mudança de hábito.
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    Lucas Lima

    outubro 6, 2025 AT 03:32
    A integração modal é um elemento crítico de eficiência sistêmica na mobilidade urbana contemporânea. A sinergia entre as redes metroviárias e os corredores de transporte público de alta capacidade, como a CPTM, potencializa a acessibilidade e reduz externalidades negativas de congestionamento, emissão de CO2 e desigualdade espacial. A não integração da Linha 11-Coral representa um risco estrutural à sustentabilidade do projeto.
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    Renato Lourenço

    outubro 8, 2025 AT 01:46
    A Odebrecht? Com o histórico de corrupção? Ainda assim, foi escolhida? Isso é uma vergonha nacional. Onde está o controle ético? Onde está a responsabilidade pública? Não é só questão de preço, é questão de integridade.
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    Dailane Carvalho

    outubro 8, 2025 AT 13:08
    Se a China venceu, então já sabemos o resultado: obras feitas com mão de obra escrava, materiais de baixa qualidade e sem fiscalização. Isso não é progresso. É colonialismo moderno.
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    Cláudia Pessoa

    outubro 8, 2025 AT 22:24
    O pior é que quando acabar ninguém vai lembrar quem fez e o que foi feito só vão reclamar que demorou
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    Janaina Jana

    outubro 10, 2025 AT 17:50
    Se o metrô chegar até o Anhangabaú, vou começar a andar de trem de novo.
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    Rodrigo Neves

    outubro 11, 2025 AT 01:59
    O projeto é ambicioso. Mas a história do Brasil é feita de promessas não cumpridas. O cronograma de 2032? É um sonho. O realismo exige que se espere 2040, no mínimo.

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