Luis Arce: conheça o presidente da Bolívia que está mudando o rumo do país

Se você ainda não ouviu falar de Luis Arce, está na hora de colocar o nome na sua lista de assuntos importantes da América Latina. Ele chegou ao poder em 2020, depois de ser ministro da economia durante o governo de Evo Morales. A experiência como tesoureiro deixou Arce com um papo reto sobre finanças e desenvolvimento, e hoje ele tenta aplicar isso na prática.

Trajetória política

Arce começou a carreira como economista, estudou na Bolívia e ainda fez um mestrado na Suécia. Na década de 2000, entrou no movimento de esquerda que apoiava Evo Morales e acabou ganhando o cargo de ministro da economia. Foi nele que o país viu um crescimento significativo do PIB, graças a políticas de nacionalização dos recursos naturais e investimentos em infraestrutura. Quando Morales precisou sair do cargo em 2019, Arce foi apontado como sucessor natural porque já conhecia os números do país como a palma da mão.

Desafios econômicos e sociais

Chegar ao Palácio de La Paz não significa que a vida ficou fácil. A Bolívia ainda lida com alta inflação, desemprego e uma população que clama por mais serviços de saúde e educação. Arce tem que equilibrar a pressão dos investidores estrangeiros, que querem retorno rápido, com a necessidade de proteger os setores mais vulneráveis. Uma das estratégias dele tem sido reforçar o controle estatal sobre o gás e o lítio, recursos que podem garantir receitas futuras se bem administrados.

Outro ponto quente é a relação com o Brasil. Como vizinho grande, o Brasil tem influência nas políticas comerciais e de segurança. Arce tem buscado parcerias que tragam tecnologia e apoio fiscal, mas sem abrir mão da soberania boliviana. Essa postura costuma gerar debate: alguns acham que ele está sendo prudente, outros dizem que poderia ser mais flexível.

No campo social, o presidente tenta melhorar a inclusão de povos indígenas, que representam grande parte da população boliviana. Programas de educação bilingue e projetos rurais foram lançados, mas ainda há muito caminho a percorrer. A gente vê que, apesar das críticas, Arce está tentando unir crescimento econômico e justiça social, algo que costuma ser complicado em países com grandes desigualdades.

Em resumo, Luis Arce não é só mais um chefe de estado. Ele traz uma bagagem de economia que costuma faltar em políticos e tenta transformar isso em políticas concretas para o povo. Se a Bolívia vai conseguir atravessar a crise econômica depende muito das decisões que ele tomar nos próximos anos, e o resto da América Latina fica de olho, já que o que acontece ali pode mexer no cenário regional.