Prevenção do suicídio: como reconhecer sinais e oferecer ajuda

O assunto pode parecer pesado, mas falar sobre ele de forma simples salva vidas. Se você ou alguém que conhece está passando por desespero, entender os sinais e saber o que fazer faz toda a diferença.

Sinais de alerta que você pode notar no dia a dia

Nem sempre quem pensa em se matar deixa pistas claras, mas alguns comportamentos costumam aparecer:

  • Falar sobre vontade de morrer ou dizer que a vida não tem mais sentido.
  • Isolar-se de amigos e família, evitar lugares que costumava gostar.
  • Perder o interesse por hobbies, trabalho ou estudos.
  • Despedidas incomuns, como arrumar documentos ou dar objetos pessoais.
  • Alterações bruscas de humor, como passar de tristeza profunda para euforia repentina.

Se notar algum desses indícios, não ignore. Mesmo que pareça exagero, é melhor errar ao agir.

Como oferecer apoio de forma eficaz

Quando alguém está em crise, o jeito como você aborda pode mudar tudo. Aqui vão passos práticos:

  1. Escute sem julgamentos. Deixe a pessoa falar o que sente. Não interrompa para dar conselhos logo de cara.
  2. Mostre que você se importa. Diga coisas como "Estou aqui para você" ou "Você não está sozinho".
  3. Não minimize a dor. Frases como "É coisa da cabeça" ou "Vai passar" podem fazer a pessoa se fechar.
  4. Encoraje a buscar ajuda profissional. Sugira conversar com psicólogo, psiquiatra ou ligar para o CVV (188).
  5. Fique presente. Marque encontros, mande mensagens, mostre disponibilidade.

Se a pessoa mencionar um plano concreto ou estiver em risco imediato, não hesite: procure o SAMU (192) ou leve-a a um pronto‑socorro.

Além do CVV, existem outras linhas de apoio: Ligue 180 (para crianças e adolescentes) ou procure serviços de saúde mental da sua cidade. Muitas vezes, a pessoa nem sabe onde encontrar ajuda, então forneça o número e orientações claras.

Cuide também da sua saúde emocional. Apoiar alguém em crise pode ser desgastante. Converse com amigos, procure terapia ou grupos de apoio se precisar.

Compartilhar informações corretas evita mitos que só aumentam o medo. Por exemplo, o suicídio não é sinal de fraqueza; é um problema de saúde mental que requer tratamento, assim como a gripe precisa de remédio.

Valorize pequenos gestos. Um convite para um café, uma caminhada ou simplesmente um "como você está" pode abrir espaço para a pessoa desabafar.

Lembre‑se: você não precisa ser especialista para fazer a diferença. O que conta é a intenção sincera de escutar e direcionar a pessoa para ajuda profissional.

Se você está passando por pensamentos suicidas, saiba que há ajuda disponível agora mesmo. Ligue 188 (CVV) ou procure o hospital mais próximo. Você merece apoio e pode superar esse momento difícil.